quinta-feira, 17 de março de 2011

Providência cautelar contra portagens na A23 entre A1 e Abrantes

Fonte http://www.omirante.pt/noticia.asp?idEdicao=54&id=44151&idSeccao=479&Action=noticia

"Quatro cidadãos de Abrantes entraram com uma providência cautelar junto do Tribunal Administrativo e Fiscal de Leiria, que será acompanhada de uma acção popular, visando impedir a introdução de portagens no troço da A 23 entre o nó com a A1 na zona de Torres Novas e Abrantes, isto é, no antigo IP-6. E apelam aos cidadãos e autarcas da região servida por essa via, entre a A1 e Abrantes, que “dêem a este desafio a força e o impacto de que precisa para alcançar os objectivos pretendidos”. Porque, sublinham, “a luta que nos propusemos só será ganha se os cidadãos e as autarquias nela se empenharem também”.

José Amaral, Sónia Onofre, João Viana Rodrigues e António José Gonçalves apelam à constituição de núcleos desse movimento, a que chamaram “Movimento Pró-IP6”, em todas as sedes de concelho entre Alcanena, Mação e Gavião. Argumentam que não se justifica a cobrança de portagens nesse troço, que nunca foi objecto de concessão SCUT, como aliás é defendido também por várias forças políticas. “Só o troço de Abrantes até à Guarda é que foi concessionado, para ser construído, ou concluído, e explorado por uma empresa privada”, recordam os autores da providência cautelar.

“A razão de ser das portagens nas auto-estradas SCUT, que consiste em assegurar que os pagamentos às empresas concessionárias não sejam feitos só através do Orçamento Geral do Estado, para eles contribuindo as quantias que passarão a ser cobradas aos utentes, a fim de se reduzir a despesa pública, não se aplica no caso da A-23/IP-6, entre a A-1 e Abrantes”, declaram os autores em comunicado enviado para a comunicação social.

O grupo refere que a taxar-se esse troço do antigo IP6, “só porque é uma via rápida”, teria de portajar-se também vias com as mesmas características como o IC19, que liga Lisboa a Sintra, ou a CRIL (Circular Regional Interior de Lisboa), ou até mesmo a Segunda Circular e o Eixo Norte-Sul, “para só falar na Grande Lisboa”.

Acrescentam que “não se trata de uma questão meramente política” de recusar portagens nas SCUT. “Essa opção, goste-se ou não se goste, é compatível com a Constituição e com a Lei. O que está em causa, na anunciada introdução de portagens neste particular troço da A23, antigo IP6 (que não é SCUT!), é o desrespeito, por parte do Poder, da legalidade democrática, dos princípios estruturantes do Estado-de-Direito, e a exigência, por nossa parte, da observância dessa legalidade e desses princípios”.

Tendo consciência que o Governo pode obstar ao efeito suspensivo da providência cautelar, invocando o interesse público, consideram que essa medida “não é admissível”, alegando que “o primeiro interesse da colectividade é o cumprimento da Constituição e da Lei, e não vale, por conseguinte, invocá-lo para dar cobertura à discriminação dos utentes do IP6 relativamente aos do IC19 e outras vias similares”.

Refira-se que, para além de vários partidos políticos e câmaras municipais, também a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo reafirmou no Parlamento a sua oposição quanto ao pagamento de portagens no troço Abrantes/Torres Novas da A23, salientando a falta de alternativas e referindo que o troço não faz parte daquela SCUT (via Sem Custos para o Utilizador)."

Colabore também em:
http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2011N7864

sábado, 25 de setembro de 2010

A Morte de Portugal, para ler e pensar



«A MORTE DE PORTUGAL» - REFLEXÃO SOBRE NÓS, NUM ENSAIO DE MIGUEL REAL
Por TERESA SÁ COUTO ( http://comlivros-teresa.blogspot.com/ )

A «”morte de Portugal” não significa que Portugal desapareça (Portugal “dura”, escrevia Eça de Queirós durante a crise do Ultimatum; é, aliás, a sua grande virtude, não dar felicidade ao seu povo, mas durar, sobreviver, existir por existir, criando contínuas mitologias que justifiquem a sua existência)», diz Miguel Real .A morte de Portugal residirá, então, no desaparecimento de toda a originalidade portuguesa substituída pela vertigem estrangeira por uma «ditadura tecnocrática» instituída por «técnicos medíocres» para quem só conta «primeiro, a contabilidade das estatísticas, e, segundo, o sentido europeu das estatísticas». Mais, acrescenta Miguel Real:
«em nome de um orçamento metafísico e de uma canina imitação do pior da Europa, terão sido eliminados por este os curtos direitos ganhos pelas populações desde o 25 de Abril de 1974 (ter escola na sua terra, ter maternidade na sua terra, ter assistência hospitalar na sua terra, ter dinheiro suficiente para ir ao dentista, ter reforma garantida). É um Portugal solto, desregrado, cheirando alarvemente a dinheiro, os ricos por o terem, os pobres por o desejarem, todos por nas “Índias” o espreitarem, isto é, na mirífica Europa.».
Este é um «ensaiozinho despretensioso e reflexivo de horas nocturnas», no dizer do próprio ensaísta, texto ágil, acutilante, intervencionista, predicados para um prazer incomensurável de leitura, dizemos nós. Em 123 páginas, com Introdução, três capítulos e um Índice Onomástico, Miguel Real consulta 800 anos de política, mentalidades, História da Cultura e História das Ideias para desembocar nas actuais páginas de jornais onde corre a narrativa sobre quem somos e em quem nos estamos a transformar. Sobre o resultado do comando do Estado por «títeres janotas que transfiguram a nobre arte da política numa cinzenta cadeia técnica de raciocínios casuais», «uma nova geração de engenheiros e economistas totalmente desprovida de espírito histórico», escreve o ensaísta:
«Portugal permanecerá, na sua posição relativa face aos países mais ricos da Europa, como se encontra desde o reinado de D. João III, na base da tabela», com um «povo pobre, analfabeto e supersticioso. (…) É o Portugal de D. João III (menos de 30 anos depois de D. João III tínhamos sido condenados à inexistência por Castela), o Portugal do “Nada para que caminhamos” de Marquesa de Alorna, um Portugal merecedor de um Gil Vicente, que infelizmente não o há. É a orgia báquica dos técnicos cinzentos e dos políticos janotas antes da grande derrocada, como aconteceu na segunda metade do século XVI e na passagem entre os séculos XVIII e XIX.». Invocando o nome grande das letras portuguesas que também designa o Dia de Portugal, escreve o ensaísta:
«Camões, de facto, merece ser o símbolo do povo português – homem azarado, poeta pobre, brigão, mulherengo, condenado pelo Estado, perseguido pela igreja, nunca terá frequentado a Universidade (“saber de experiência feito”), migrante do Império, ora aqui, ora acolá, a sua vida, como a de Fernão Mendes Pinto, reproduz a vida dos portugueses que nunca beijaram a sombra do Estado, adversa às elites reitoras do Poder.».
OS QUATRO COMPLEXOS DE PORTUGAL
Desenhando os quatros pontos cardiais por que Portugal se tem movimentado na sua História, Miguel Real apresenta quatro complexos culturais. O primeiro, da ORIGEM EXEMPLAR, é o complexo viriatino, que «emerge na segunda metade do século XVI», radicado na imagem de Viriato, «herói impoluto, puro, virtuoso, soldado modelo, chefe guerreiro íntegro, homem simples, pastor humilde que se revolta contra a prepotência do ocupante estrangeiro» que só pela traição é derrotado.
O segundo, o da NAÇÃO SUPERIOR, o complexo vieirinho, que irrompe depois de D. João III, Alcácer Quibir e a decadência do Império, com o Padre António Vieira a semear a esperança, anunciando-nos o Quinto Império «dourando-nos o futuro com o regresso anunciado às glórias do passado», e que «nos determina a desejarmos mais do que nos pedem as forças e nos exigem as circunstancias, pulsao social que orientou as caravelas portuguesas;»
O terceiro, da NAÇÃO INFERIOR, o complexo pombalino, radicado no ímpeto de Pombal, o da nação humilhada pelo seu atraso e sequiosa das luzes europeias, «hoje acefalamente política dominante do Estado português, que a segue como “bom aluno”.
Por fim, o do CANIBALISMO CULTURAL, o complexo canibalista, «que alimenta o desejo de cada pai de família portuguesa de se tornar súbdito do chefe ou do patrão, “familiar” do Tribunal da Inquisição, sicofanta da Intendência-Geral de Pina Manique, “informador” de qualquer uma das várias polícias políticas, carreirista do Estado, devoto acrítico da Igreja, histrião da claque de um clube de futebol, bisbilhoteiro do interior da casa dos vizinhos, denunciador ao supremo hierárquico», aludindo-se, na actualidade, à «perseguição a funcionários públicos rebeldes pelos poderes partidários instituídos pelo governo de José Sócrates/Cavaco Silva.».
«Se a vitória europeia de Portugal se consumar, terá sido a geração nascida entre 1940 e 1960 a matar D. Sebastião pela segunda vez», diz, sem que, no entanto, antes desafie:
«Resta aos homens de bem virarem as costas a esta nova elite tecnocrática que assaltou e se apoderou do Estado português (..) e, se puderem, emigrarem, clamando que aos homens-técnicos leva-os o Tejo e o Douro nas enxurradas de Inverno, os homens-cultos, esses, permanecem, recriando a nova imagem literária, estética e cultural por que Portugal posteriormente se reverá no espelho da História.».

Espírito do tempo

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

"ABSURDO" é este desgoverno

O ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, disse hoje que é “absurdo” colocar em dúvida se o Governo vai ou não reduzir a despesa pública no próximo ano, garantindo que o Orçamento do Estado para 2011 será de “rigor e contenção da despesa do Estado”.
Recordo que tirando a expressão "Absurdo" o mesmo foi dito deste orçamento, e em vez de rigor temos, isto segundo algumas fontes um crescimento de divida igual a 2.500.000 €/H, os cortes cegos na despesas não chegam para estancar o buraco orçamental que vai crescendo na mesma razão que o recurso a "esquemas legais" para assim sorver os últimos cêntimos dos contribuintes.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Medidas Anti-Crise só apartir de Junho

Com tantos motoristas o PM vai deixar de ser apanhado em escutas, apartir de agora vai mandar buscar os amigos de carro !?..... assim, se combate a crise em Portugal....

• Despacho n.º 8346/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Requisita à empresa Deloitte & Touche, Lda., António José Oliveira Figueira, para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro
• Despacho n.º 8347/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Requisita à Associação dos Bombeiros Voluntários de Colares Rui Manuel Alves Pereira, para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro
• Despacho n.º 8348/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Requisita ao Sindicato dos Trabalhadores de Escritório, Comércio, Hotelaria e Serviços Vítor Manuel Gomes Martins Marques Ferreira, para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro
• Despacho n.º 8349/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Designa o agente principal da Polícia de Segurança Pública Augusto Lopes de Andrade para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro
• Despacho n.º 8350/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Requisita à empresa Companhia Carris de Ferro de Lisboa, S. A.,Arnaldo de Oliveira Ferreira, para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro
• Despacho n.º 8351/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Designa o assistente operacional Jorge Martins Morais da Secretaria-Geral do Ministério da Cultura, para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro
• Despacho n.º 8352/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Designa o assistente operacional Jorge Orlando Duarte Vouga do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, I. P., para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro
• Despacho n.º 8353/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Designa o agente principal da Polícia de Segurança Pública Jorge Henrique dos Santos Teixeira da Cunha para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro
• Despacho n.º 8354/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Designa a agente principal da Polícia de Segurança Pública Liliana de Brito para exercer funções de apoio administrativo no Gabinete do Primeiro-Ministro
• Despacho n.º 8355/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Designa o agente principal da Polícia de Segurança Pública José Duarte Barroca Delgado para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro
• Despacho n.º 8356/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Designa o agente principal da Polícia de Segurança Pública Manuel Benjamim Pereira Martinho para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro
• Despacho n.º 8357/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Designa o agente principal da Polícia de Segurança Pública Horácio Paulo Pereira Fernandes para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro
• Despacho n.º 8358/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Designa o agente principal da Polícia de Segurança Pública Custódio Brissos Pinto para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro